De acanhada ela não tem nada, seu nome é Mona a macaca assanhada.

Bizarros, Histórias do Valdikim, Humor

A história da macaca  em Paris.

– Mas me conte Mona, sua macaca louca, como foi que você foi parar em Paris?

Olha Alê, foi logo depois da posse de Obama. Era pra voltar ao Brasil, mas um jantar na embaixada francesa em Washington mudou tudo em minha vida. Ele estava lá, sereno, e tranquilo sorrindo pra mim. Que charme, que educação. Conversamos a noite inteira. Ah! (suspirando). Estivemos juntos no aniversário da Torre Eiffel, na viagem mais romântica que já vivi.

Gostava de ouvir as suas histórias de viagens, dos lugares por onde andou, de sua experiência em causa humanitária na África, no Chile, por toda parte do mundo. Eu me apaixonei a primeira vista por aquele homem Alê, e andávamos sempre juntos. Viajei pra Paris com ele, que agora deve estar se doando para alguma causa humanitária, em algum lugar do mundo.

Ele me falou – durante a nossa viagem no Airbus 330 sobre o oceano Atlântico indo para Paris – sobre a história da bonita Torre Eiffel. Você sabia que a Torre Eiffel foi inaugurada em 1889? E que foi feita para comemorar 100 anos da Revolução Francesa? Ah! Alê, ele era muito inteligente, romântico e carinhoso também. Chamava atenção os cuidados que esse homem tinha por mim. Foi ele quem me conseguiu aquele emprego no Cirque du Soleil, quando eu curtia aquele processo de transformers diário.

– Como vocês chegaram a Torre Eiffel?

Para ir à Torre Eiffel, pegamos um metrô e descemos na estação de metrô de Bir-Hakeim. Chegamos antes de a solenidade começar para curtir um pouco aquele lugar fantástico. Até avistamos a família Obama, mas preferimos deixá-los à vontade. Michelle Obama estava linda como sempre.

– Sim, você não tinha me contado ainda desse seu namorado, porque terminaram?

Olha, nunca terminamos não. Se ele aparecer de novo, to dentro. É que a causa humanitária é muito forte nele. Ele é um homem desprendido, vai onde sente no coração que o povo precisa dele. Tão altruísta… Eu que não tive como acompanhar Alê. Era a minha profissão ou o meu amor, e eu escolhi a profissão. Talvez tenha escolhido errado, não sei, mas se ele aparecer de novo eu vou ficar balançada.

A gente foi muito feliz sorrindo ao som de violinos no Cour Carrée, ala oeste do Louvre. Conheci a irmã dele no Mama Shelter, na rua de Bagnolet, perto do La Flèche d’Or e fomos no cemitério Père-Lachaise, pertinho dali também, para visitar o túmulo de sua avó.

– E você ouviu música clássica na Salle Pleyel ?

Claro Alê! Em Paris ficamos no Hotel le Meurice na rua de Rivoli. E que banheiro lindo tem o Hotel le Meurice! No dia seguinte almoçamos no Carré des Feuillants. Só havia eu e ele, ele e eu. Apaixonados… Vou pular a parte do que aconteceu depois do almoço.

De noite quando saímos do quarto, fomos jantar no Le Bistrot Paul Bert, e em seguida fizemos um cruzeiro noturno no Sena. E sei que quando tomei noção já estava no terraço de cobertura do Hotel Raphael vendo Paris “du Altu”, nas alturas mesmo Alê, quando um telefonema inesperado e uma viagem ainda mais inesperada separou a gente.

Ainda fiquei em Paris, com o pessoal do Cirque du Soleil por algumas semanas, quando tive oportunidade de jantar no Jules Verne, na Torre Eiffel com o pessoal do Cirque du Soleil numa noite comemorativa, mas depois voltei mesmo para o Brasil e comecei a procurar um namorado por aqui mesmo.

Beijei tanto Alê, foi tanto chupão, ai, ui, ai, ele é um homem delicioso. Fazia questão de arranhar as costas dele com as minhas garras de macaca. Ele me dizia que o prazer dele aumentava. Ai, ai, Alê e onde será que ele foi parar? Uma carta que não chega…

Eu já andei procurando na internet toda, mas nada. Um dia eu reencontro esse homem da minha vida, Alê, mas enquanto isso não acontece, eu vou à luta. Venho pra cá, pra Fortaleza, corro atrás de helicópteros em Salvador, vou a festas de forró procurar meu namorado. Eu to colada onde tem homem Alê, até em posto de combustível tu me acha, não é mesmo minha amiga. Mas chega de conversa mole! Vamos logo descer pro Centro Cultural Dragão do Mar que eu não sou nenhuma macaca acanhada.

– Muito bem Monga, vamos ao Centro Cultural Dragão do Mar que você é mesmo uma macaca assanhada! Vamos à luta companheira que eu já dei entrada no divórcio e também procuro um namorado novo.

E hoje é a nossa última noite em Fortaleza. Daqui a gente segue para Parintins. Não ia perder a festa do boi-bumbá, não é Alê? O 44º Festival de Parintins começa dia 26 de junho.

– 44º, como é o presidente Obama, o 44º presidente dos Estados Unidos, não é monga?.

Ula-lá Alê! A resposta está cor-reta! E os meus amigos jornalistas da Amazônia, é que vão fazer a cobertura da festa de Parintins aqui no Blog do Valdikim.

– Não me diga que você é amiga da Sereia de Manaus, da Boiúna Cobra Grande e do bonitão do Boto cor-de-rosa?

– Há muito tempo Alê, sua periquita baiana. Eu até já dei uns amassos no Boto cor-de-rosa. A Sereia de Manaus, o Boto cor-de-rosa e a Boiúna cobra grande, são meus amigos desde o tempo do extrativismo do látex, na Amazônia.

– Vamos! Chama o elevador.

Fotos: Imagens Google.

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1 Comment

  1. Sandrinha 2009/06/16 at 17:47

    Hi, this is a comment.
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