Crack, a droga que mais vicia. Efeitos colaterais, depressão, prazer, euforia.
Dicas, Educação, Notícias, Saúde 2012/12/10Crack: a droga que vicia rapidamente.
A droga crack quando chega no cérebro provoca uma descarga de dopamina que dá euforia e prazer em seis segundos. Na viagem particular o usuário de crack acredita que “pode tudo“. Quando chega a depressão – depois que passa o efeito da droga – a solução é fumar crack novamente para retornar ao prazer, a euforia e ao “pode tudo“. Por isso fumar crack vicia.
Esse “pode tudo”, do viciado em crack, é que vem elevando os índices de violência em todo lugar. Na Bahia, conforme dados da Secretaria de Segurança, o crack foi responsável por 80% dos homicídios, no último ano.
Toda cidade, grande ou pequena, já possui a sua região batizada de crackolândia. Em Salvador, na Bahia, a crackolândia está ao lado do Pelourinho, um ponto turístico que mais parece ter sido esquecido. No Rio de Janeiro, a crackolândia está na linha de trem na chegada do subúrbio.
Na mira do crack estão todas as pessoas. Não importa se são crianças, mulheres grávidas, adolescentes, idosos ou adultos: usou crack, viciou.
“Depois de tragada, a fumaça das pedras é absorvida rapidamente pelos pulmões. Dali, a droga é transportada pelo sangue até o cérebro, onde é ativada uma área responsável pelo prazer. Neste instante, o corpo recebe uma descarga de dopamina, substância que provoca euforia”, relatou Bette Lucchese do Jornal Hoje.
Os viciados em crack viram “zumbis do crack“. Não sentem sede, nem fome. Perdem o interesse pelo trabalho, pelos estudos, e se afastam da família e dos amigos. Tornam-se apáticos.
Em clínicas de tratamento os índices de recuperação de viciados em crack são baixíssimos. Até chegar a fase ambulatorial, com terapias e remédios, o viciado precisa passar seis meses internado longe do crack.
Grávidas que fumam crack colocam em risco a vida de seus filhos. O crack quando não mata o bebê, faz com que a criança desenvolva a síndrome de abstinência ou apresente alterações cerebrais.
Assista a reportagem do Jornal Hoje de 18/05/2010.
Entendendo mais sobre o crack.
O crack é a parte impura da cocaína e o seu consumo provoca doenças circulatórias e pulmonares que levam à morte, como infarto, tuberculose e pneumonia. O viciado em crack passa a conviver com tosses, dores no peito e falta de ar.
Ao fumar o crack na lata de refrigerante, o usuário inala também o alumínio que se desprende com o aquecimento da lata, intoxicando cérebro, rins, ossos e pulmões.
O crack faz emagrecer rapidamente porque tira a fome e o sono. São comuns os casos de desnutrição nos viciados em crack. O corpo passa a viver em função do crack, oscilando euforia e depressão. Com essa bipolaridade, o viciado em crack não consegue manter um relacionamento afetivo.
Psicoses, alucinações, paranóia e delírios são efeitos colaterais do crack: a droga instantânea. Nos músculos, o efeito do crack é degenerativo e irreversível. No cérebro, o crack leva a perda de memória, da inteligência e da concentração. O crack ainda provoca a falta de desejo sexual – nos homens, a perda de ereção.
Mesmo com tantas possibilidades de morrer doente fumando crack, os viciados engordam as estatísticas de mortes pela violência nos confrontos com traficantes de crack. Por tudo isso:
Assista ao caso do marido que roubou o cabelo da mulher para comprar crack. Aconteceu no Rio de Janeiro, veja na reportagem da Rede Record.
Fonte: G1, Bette Lucchese do Rio de Janeiro para o Jornal Hoje, Jornal de Santa Catarina, A Notícia, Zero Hora, R7, Google Images, Roberto Trindade, Gerivaldo Neiva.
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