Diálogo de humor em namoro de Parintins.

História de humor do Blog do Valdikim em Parintins. Com a palavra: a Macaca Monga em conversa com sua fiel escudeira, a Periquita Ale. Ale de aleatória mesmo!

Monga – Depois da apresentação fantástica do meu Boi Garantido, no segundo dia do Festival de Parintins, Ale,  eu e o Boto, animadíssimos, resolvemos ir para floresta namorar em cima de uma vitória régia. Ele deu a ideia e eu achei garantido! Na vitória régia o Boto acariciava os meus cabelos, sussurrava lindas palavras de amor. Aquele olhar bonito, penetrante, aquela voz aveludada. Ai, que pegada!

Ale – Esse Boto é o homem que toda mulher deve ter como amante. Não sei se pra casar, porque ele é muito namorador, até com a Boiúna ele já namorou!

Monga – Mas o Boto é quente como um chuveiro quente e por demais encantador. Ale minha amiga, você não imagina a metade das acrobacias que precisei fazer em cima de uma vitória régia! Com a sua barbatana ousada ele me abraçava, buscando o meu íntimo. Cheirava as minhas dobrinhas do joelho, soprava atrás do meu pescoço. Eu delirava Ale! Ale tá prestando atenção? Parece que você tá aérea?!

Ale – Tô não, tô não, conta!

Monga – E os nossos diálogos… eu dizia e ele respondia:

Monga – Meu amor, repete como você quer que eu lhe aperte, fala vai? Me diz como é que é. É assim? Vai meu Boto, bota essa barbatana aqui nas minhas costas, me envolve toda e diz que eu sou sua macacona. Vai meu botinho, vai meu boto, vai meu botão! Uai!!!!!

Boto – Minha macaquinha assanhada, estava com muita saudade de nadar nesse seu corpão, com saudade do seu jeito de me arranhar as costas.

Monga – Boto, essa Vitória Régia aguenta a gente? Pega a minha bota ali pra não cair.

Boto – Cai não! Vem cá meu amor. Essa vitória régia é a minha preferida aqui na floresta, aqui você pode pular como  macaca que é. Agora vem, chega mais, se ajeita e me beija como só você sabe beijar o seu Boto.

Monga – Me sinto uma mulher realizada nos seus braços Boto Cor-de-Rosa. Você me faz ver o mundo colorido. Vem me sufoca com esse bico grande que você tem. Ai, hum, ui, assim, tá bom, mais, vem, assim mesmo, que maestria! Como é bom. Uau! Que loucura namorar na Vitória Régia. Ai! Aqui mexe muito. Mexe tudo em cima d’água, mexe tudo dentro de mim…

Boto – Vem minha linda, me deixa sentir o seu sabor. “Deixa os meus lábios se unirem aos seus”.

Monga – Ai Boto, como você fala coisas bonitas! Eu sou loira, não sou índia, tenho a boca grande, longe de ser pequena, mas eu quero te beijar, beijar, beijar… Vem meu Garantido que eu estou tendo sonhos de amor. U-lalá meu Boto. Aaaah! Cuidado com a minha bota pra não cair, Boto!

Boto – Fique tranquila, que a Vitória Regia é grande e se cair eu mergulho e pego de volta. Vem cá macaca assanhada, me faz ver a floresta do alto.

Monga – Sim meu ser encantado. Vai! Estou subindo nas copas das árvores com você. Vai! Me leva junto. Isso! Estou vendo a floresta do alto também. Uau! Que felicidade! Estou nas alturas! Aaaaaah!

Monga – Tá ouvindo Ale? Tá ouvindo periquita? Que Boto é esse?! Depois você experimenta pra saber se estou mentindo!

Ale – Monga, você é uma macaca assanhada! Mas eu também não fiquei na mão não!  Meu boi pode não ter vencido como o seu, mas eu conheci um Gavião Carijó do Boi Caprichoso. Hummmmm. Cada pedaço de gavião batendo as asas pra lá e pra cá, que eu não me dei Monga, tratrei logo de namorar.

Monga – Fofoca! Você soube que a Onça Pintada depois de maquiar a galera do Boi Garantido ficou com o Tatu Mineiro?

Ale – Essa onça é sonsa! Ai, me lembrei! Tava esquecendo que marquei com o Gavião na floresta! Deixa eu voar. Beijo amiga.

Monga – Voa rápido periquita, não deixe seu Gavião a lhe esperar.